terça-feira, 27 de novembro de 2007
Entrevista com a Supervisora Patrícia Garcia
38 anos;
Comércio Exterior;
Supervisora de Marketing e Vendas da GM - Chevrolet
Fábio: Boa tarde Patrícia.
Patrícia: Boa tarde Fábio.
Fábio: Patrícia, como o treinamento dos funcionários no caso da General Motors?
Patrícia: No caso do treinamento, não seriam os funcionários da GM, seriam os funcionários das concessionárias. Quem faz o treinamento de funcionário interno é o RH, nosso departamento para desenvolvimento da rede, e cuida do treinamento dos funcionários da rede de concessionárias Chevrolet. O treinamento é basicamente dividido em treinamento de vendas e pós-vendas, e também basicamente quando tem lançamento de qualquer veículo, tem um esforço maior de treinamento de toda rede, então 100% dos funcionários no país inteiro é treinado principalmente por causa dos lançamentos, tanto na parte de vendas como na de pós-vendas.
Fábio: E exatamente que tipo de funcionário que é treinado?
Patrícia: Basicamente os vendedores, que para nós é o mais importante, a força de vendas, ai existem treinamentos paralelos que acontecem, a gente inclui mecânicos até a parte de funilaria, pessoal de peças, todo pessoal realmente de concessionária.
Fábio: E quem da esse tipo de treinamento?
Patrícia: Normalmente a GM, por serem várias concessionárias, e por ter uma força de vendas, uma quantidade de vendedores, no país inteiro, muito grande, a gente tem uma empresa, que é terceirizada, que a gente faz uma concorrência periodicamente, e essa empresa que trabalha para nós, é um fornecedor. Essa empresa é responsável por escolher os treinadores, que dependendo do perfil do lançamento, eles vão operando e tem um esforço de treinamento diferenciado, então é feita por uma empresa terceirizada, que passa pra gente o conteúdo, na verdade assim, o conteúdo é feito pela GM, a gente passa para eles, eles elaboram a parte de apostila e o conteúdo final, a gente aprova, e o treinamento é disseminado pelo país inteiro.
Entrevista com o Diretor Paulo Sérgio
51 anos;
Administrador de Empresas;
Diretor Operacional de Concessionária (GM - Chevrolet)
Fábio: Boa tarde Paulo.
Paulo: Boa tarde Fábio.
Fábio: Então Paulo, como anda o mercado automobilístico hoje?
Paulo: Bom o mercado está aquecido, em função de alguns fatores, o primeiro deles é: a estabilização da moeda, o fortalecimento do Real frente ao Dólar, estimulando a produção interna para o mercado interno, diminuindo com isso as exportações. Outro fator são os bancos, capitalizados, eles estão oferecendo financiamentos a prazos longos com taxas baixas, em torno de 1% - 1,5% ao mês. Outro fator são os novos lançamentos que as indústrias têm promovido a cada dois ou três meses aqui no Brasil um novo lançamento de um novo carro, que agrega a isso o treinamento da rede, em fim, a preparação de concessionários em todo o Brasil.
Fábio: E qual é o índice de veículos novos financiados pelos bancos no nosso país pelo consumidor?
Paulo: Olha, hoje, com esse mercado aquecido, a cada 10 veículos vendidos, 7 são financiados pelos bancos, os outros 3, são vendidos através de troca por um veículo novo em um usado, aliás, um veículo usado por um veículo novo e o pagamento à vista.
Fábio: Qual é o grau de exigência do consumidor hoje frente ao automóvel nacional?
Paulo: Olha, desde a abertura das importações, a reabertura na verdade das importações em 1990, a cada ano a indústria nacional foi modernizando e sofisticando o produto nacional, através de materiais aplicados de maior tecnologia, a eletrônica do veículo também foi se sofisticando a cada ano, e com isso, elevou o grau de exigência do consumidor, comparando sempre com os veículos importados de alta tecnologia.
Fábio: E como está o veículo nacional se a gente comparar com o veículo importado, na relação de custo-benefício e tecnologia?
Paulo: Hoje, o mercado com o Dólar baixo fortaleceu também as empresas importadoras de veículos, aqueles veículos sofisticados que tinham altos custos de importações, de peças de reposição, em fim, com o Dólar baixo ele se posicionou em um patamar mais próximo do veículo nacional. Agora o veículo nacional por sua vez, especialmente agora nestes últimos anos com esta tecnologia do álcool combustível, proporciona pro consumidor final, um custo-benefício interessante, melhor do que o carro importado que usa somente gasolina.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Automóveis, será que estamos sendo bem atendidos?
O mercado automobilístico está crescendo bastante no país, podemos ver o reflexo disso no trânsito do nosso dia-a-dia.
As concessionárias estão vendendo bem, graças ao incentivo bancário para financiamentos de automóveis, o fortalecimento da Moeda brasileira em relação ao Dólar e devido aos lançamentos nacionais e importados dos automóveis.
Em uma entrevista com o diretor operacional, Paulo Sérgio, da concessionária Dutra Veículos, foi dito que: a maioria das vendas é financiada, a cada dez carros, sete são adquiridos por financiamento.
Com o financiamento em alta, as fábricas brasileiras geram boas repercussões, pois estão bem desenvolvidas em relação às fábricas internacionais, e ainda com tecnologias distintas, como a do bi-combustível (motores flex), muito mais econômica e polui muito menos o meio-ambiente. “O veículo nacional proporciona pro consumidor um custo-benefício melhor do que o importado” – disse Paulo Sérgio. Se quisermos adquirir um carro, vale a pena a busca por um nacional, pois este traz mais vantagens ao consumidor preocupado com seus gastos, do que o carro importado.
No caso de lançamentos de novos carros nas concessionárias, há um treinamento para os funcionários das empresas automobilísticas. Em uma entrevista com a supervisora de marketing e vendas da General Motors no Brasil, Patrícia Garcia, ela contou que este treinamento é realizado principalmente quando ocorrem lançamentos de novos veículos, pois serve para os funcionários saberem o que estão vendendo e como lidar com o que estão vendendo, auxiliando assim o trabalho principalmente dos vendedores e mecânicos das concessionárias.
Veja as entrevistas que estão acima
Créditos da foto: Fábio Marino
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Cláudio Nogueira: "O Homem de Lata"
Entrevista com Cláudio Nogueira, o segundo maior colecionador de latas de cerveja do mundo e o maior colecionador de canecas de Chopp.
Foi no ano de 1982, que Nogueira veio a se interessar por latas de cerveja. Ele estava na Europa quando teve o primeiro contato, "Fiquei bobo com todas aquelas latas com reproduções de pintores famosos". Ao contrario do Brasil, haviam apenas uma dúzia de latinhas, muito simples, sem graça. Aquelas latinhas estrangeiras eram realmente uma coisa diferente, uma obra de arte.
Voltando da Europa, trouxe alguns exemplares, mas apenas alguns porque na época a importação era proibida, de quase todos os produtos. Então Nogueira só comprava quando viajava para o exterior ou quando um amigo viajava e trazia uma de presente. Já em 1989, a importação chegou ao Brasil com o Collor, ai começou a chegar cerveja importada, junto com outros produtos também.
Nogueira chegou a ter 34 mil latinhas, mas hoje ele conta com mais ou menos 23 mil. Essa decaída na coleção aconteceu devido à enorme quantidade de latinhas, que ocupava muito espaço e principalmente porque ele se empolgou com uma outra coleção, que é a de canecas de chopp. Essas canecas vieram a ocupar muito espaço também, ai tomou uma decisão, de parar de colecionar as latas de alumínio, porque todo ano eram lançadas milhares de latinhas e ficou impossível administrar tudo isso.
A coleção de canecas veio de uma forma interessante. Também foi em uma viagem, só que desta vez o colecionador estava nos EUA. Ele viu um conjunto de quatro canecas, muito bonitas que faziam uma coleção, ai resolveu comprar e trazer para o Brasil. No mesmo ano que começou com as latinhas.
Tem uma peculiaridade, porque quando Nogueira chegou com as primeiras canecas no Brasil, viu que elas eram fabricadas aqui mesmo, e eram muito bem feitas. Ai ele foi se aprofundar e estudar o assunto. Um alemão que veio da Alemanha, montou uma fabrica em Santa Catarina, que é considerado as canecas mais bonitas e mais bem feitas do mundo. Nogueira decidiu colecionar apenas as canecas brasileiras e que eram feitas pra cervejaria e não para bares de chopp. É engraçado que 100% da produção dessas canecas eram feitas para exportação, e por isso que ninguém sabia dessas canecas e até hoje são poucos os que sabem. É muito difícil conseguir uma, até mesmo Nogueira tem que usar de alguns amigos para conseguir. Hoje ele conta com um acervo de quatro mil canecas.
O colecionador entrou no Guiness Book no ano de 84/85, mas foi uma situação engraçada. Ele não queria entrar, não porque é metido a humilde nào, mas porque realmente não tinha interesse. E ai alguns amigos dele achavam que para o colecionismo seria muito bom entrar e registrar a coleção. Então seus amigos o increveu e ai Cláudio ficou conhecido como o segundo maior colecionador do mundo de latinhas de cerveja. Em relação as canecas, ele não procurou registrar, mas tem conciência de que tem o maior acervo mundial, uma coisa que basta só pra ele apenas.
É interessante a maneira com que Cáudio armazena toda sua coleção. Até um mês atras, sua coleção se hospedava numa casa, dessas iguais as nossas. Só que nesta casa moram latas e canecas ao invés de pessoas e animais. Como esta casa teve que ser demolida para a construção de um prédio, ele teve que procurar outra casa, e agora as latinhas estão encaixotadas neste novo espaço.
Para se ter uma idéia do tamanho da coleção, não sabemos em metros quadrados qual é o tamanho da casa, mas sabemos que as latas e canecas ocupavam de 9 à 10 cômodos, entre salas, quartos, banheiros, de todas as paredes, do chão até o teto.
Com o colecionismo veio a idéia de que o Brasil é o pais do futebol, é o pais da cerveja, é o pais do carnaval e do calor, e Nogueira achou que juntando tudo isso daria um negócio. Criou um projeto e foi aos clubes de futebol e licenciou todas as marcas. Teve que ir para os EUA, porque aqui no Brasil não existia a possibilidade de fabricar as latinhas, havia apenas uma fabrica e ela exigia "mundos e fundos". Ele então conseguiu fazer na Muller, que é a segunda maior cervejaria do mundo. Milhões de latas foram distribuídas naquela época, essas que tinham os logotipos dos times grandes, os da primeira divisão do campeonato brasileiro. Depois de um determinado tempo, teve que parar de produzir devido ao dólar que subiu muito e ficou inviável a importação de cerveja, não só as de Nogueira mas como todas as outras importações de latas.
Hoje em dia Cládio Nogueira continua com sua coleção, um amante das latas de cerveja e canecas de Chopp.
Fotos do arquivo pessoal do entrevistado.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
OLIMPISMO
Com tantos preparativos e treinamentos, muitas vezes esquecemos a essência dessa competição, por isso faço questão, então, de lembrar aqui que o Olimpismo é um estado de espírito - filosofia que engloba uma concepção particular do esporte moderno -, que ao propagar-se contribui para o desenvolvimento do indivíduo e da humanidade em geral. Relembro, também, que a filosofia olímpica, além da sua essência eminentemente pacifista, busca o estabelecimento de relações internacionais de cordialidade.
Espero, para as Olimpíadas do ano que vem, de cada cidadão, seja ele atleta ou não, técnico, dirigente, juntamente com organizações esportivas e o governo uma postura que se baseie na Carta Olímpica, essência das Olimpíadas, que visa à liberdade civil e política, a solidariedade para o desenvolvimento do mundo e a busca da igualdade na ordem econômica, social e cultural.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Sinfosampa...
Que sufoco ein amigo, quase que não chego a tempo
de lhes escrever o recado.
Cada vez mais eu tenho a impressão
de que os carros andam parados, ou...
param andando, não sei.
Me parece que há mais carros
que ruas e mais pessoas do que ônibus,
um verdadeiro caos.
Que belo dia não?!
O sol nasce e se perde entre os edifícios,
e o céu azul como nunca, lindo!
Ao som de pássaros cantantes e mesmo assim do fundo
de um silêncio que mal podemos apreciar, ouve-se
com entusiasmo uma sinfonia, essa um pouco distorcida da qual
já ouvimos antes.
Os caminhões com seus belíssimos graves,
que nos arde os olhos só de admirar, e até nos deixa
sem os sentidos nasais.
Os carros, estes com uma extenção vocal mediana,
podemos chamar de barítonos.
Já as motocicletas, ainda não identificamos sua extenção,
mas o que sabemos é que essas já ultrapassaram o nível "soprano", que seriam
os mais agudos.
O maestro é fundamental para que a música se desenvolva,
e continue tocando sem cessar.
Mas parece que até mesmo ele já perdeu
o compasso da ocasião.
E nós como bons músicos temos que dar o tom,
sempre atentos para não perder o ritmo e muito menos
desafinar a canção.
Bruno Castro