quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Sinfosampa...

Nossa!
Que sufoco ein amigo, quase que não chego a tempo
de lhes escrever o recado.
Cada vez mais eu tenho a impressão
de que os carros andam parados, ou...
param andando, não sei.
Me parece que há mais carros
que ruas e mais pessoas do que ônibus,
um verdadeiro caos.
Que belo dia não?!
O sol nasce e se perde entre os edifícios,
e o céu azul como nunca, lindo!
Ao som de pássaros cantantes e mesmo assim do fundo
de um silêncio que mal podemos apreciar, ouve-se
com entusiasmo uma sinfonia, essa um pouco distorcida da qual
já ouvimos antes.
Os caminhões com seus belíssimos graves,
que nos arde os olhos só de admirar, e até nos deixa
sem os sentidos nasais.
Os carros, estes com uma extenção vocal mediana,
podemos chamar de barítonos.
Já as motocicletas, ainda não identificamos sua extenção,
mas o que sabemos é que essas já ultrapassaram o nível "soprano", que seriam
os mais agudos.
O maestro é fundamental para que a música se desenvolva,
e continue tocando sem cessar.
Mas parece que até mesmo ele já perdeu
o compasso da ocasião.
E nós como bons músicos temos que dar o tom,
sempre atentos para não perder o ritmo e muito menos
desafinar a canção.

Bruno Castro

Fontes alternativas de energia


Novas fontes energéticas estão sendo estudadas ao redor do mundo. O biodísel, a energia solar e a produção de energia com lixo reciclado, são as mais cobiçadas por empresas e ambientalistas. Grande parte destas fontes já está em desenvolvimento em países como Brasil e Estados Unidos.


O presidente Lula, juntamente com a Petrobrás, investe bastante nessas tecnologias alternativas, que não machucam o meio ambiente.


Mas infelizmente, os combustíveis fósseis ainda são essenciais para nós, ou pelo menos para alguns de nós, poluindo cada vez mais nosso planeta e contribuindo para o aquecimento global.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Submundo Paralelo

Foto: Andréia de Oliveira

Sempre ouvi dizer – acredito que você também – que no Brasil existe uma diferença tamanha, quando se trata de distribuição de renda. Sempre ao ouvir, ficava “emputecida” – desculpem, mas não há outra palavra para o caso - agora, quando vi, quando pude conhecer de perto a realidade dessas pessoas, que são vitimas dessa má distribuição de renda, fiquei decepcionada com o meu pais. Apesar dos pesares que aqui parece padecer, sempre fui patriota.

Não pensem que foi a primeira vez, que estive num lugar pobre, um interior, até porque eu vim do interior, e sei que a realidade é outra, mas o descaso do governo, a pobreza, os assassinatos à faca – tenebrosos-, a sujeira, ah caro amigo, isso ainda não tinha vivido. Todas essas coisas ruins, unidas no mesmo lugar, isso não. E nesse caso, em especial, as casas de palafitas, servem para das o clima, o charme. Como ouvi da boca de muitos fotógrafos, de turistas, de pessoas bem informadas. Acredito que se fossem eles, os moradores, não estariam falando em charme, em clima.

Na Praia da Raposa , lá no Maranhão a pouco menos de uma hora de São Luiz, é assim. Fiquei impressionada como a pobreza no Maranhão é geral. Quem conhece o Largo treze, bairro de Santo Amaro , aqui em São Paulo, vai entender quando digo que esse estado – o Maranhão – parece um enorme Largo Treze, aquelas barracas, os vendedores ambulantes... desculpe-me os maranhenses, que, acredito não terem culpa de nada. Até porque esse é um descaso que começa lá no ano de 1612 , com a chegada dos franceses. E que hoje – volto a falar dos conterrâneos – sobrevivem do artesanato, nas pousadas – de empregado é claro, pois são os “gringos” que dinheiro para compra-las”- da divulgação da cultura, através dos mais variados tipos de bois-bumbá, ah... sem falar na prostituição, que cresce desesperadamente, e por último, das construções tombadas como patrimônio nacional, que por sua vez, estão destruídas, os prédios que esses sim, seriam pra dar o “charme” do centro histórico, estão colocando a vida de terceiros em risco, podendo cair a qualquer momento.

O que me resta dizer sobre o Maranhão, é que a festa do boi-bumbá, realmente é muito bonita, emociona ver aquelas pessoas fazendo a mesma atividade, a tantos anos. Tradição essa, que passa de pai pra filho. E que, é emocionante também, ver tantos idosos com catarata nos olhos, em certos casos, já impossibilitados de enxergar. E...não dá para ir muito longe com os elogios, logo damos de fronte, novamente, com o descaso, dessa vez da saúde pública. Quem conhece uma operação de catarata sabe que é simples, é feita a laser, rápida, dura pouco menos de meia hora, e o cidadão – que não é o caso dos maranhenses – já saem enxergando do olho que antes era cego.

Muitas vezes durante essa viagem, perguntava-me, se aquilo era Brasil. Depois de tanto, cheguei a conclusão que onde moro, que não é Brasil.

Mais uma “coisinha”, eles recebem o Bolsa Família, mas de nada muda a realidade – o dia-a-dia - deles. Ouviram bem, REALIDADE.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Um livro que não pode faltar na sua prateleira


O livro “Quatro histórias ao modo quase clássico”, do autor Harold Brodkey, recém lançado no Brasil, é um grande clássico e indispensável para a educação. Possui texto de fácil entendimento que estimula os leitores a pensar e adquirir interesse pela leitura.

O autor norte-americano valeu-se de seus pensamentos quando tinha treze anos para contar a convivência tensa com os pais adotivos, em especial a mãe.

A obra vai além de um simples conjunto de textos com algo em comum entre si. Trata-se de um livro denso e intrigante, que parece ter sido escrito com os sentimentos à flor da pele. O livro é dividido em quatro histórias: “Inocência”, “Brincadeira”, “Quatro histórias ao modo quase clássico”, que dá nome ao livro e deixa evidente o estilo autobiográfico do autor - modo “quase clássico” do título certamente diz respeito às sua referências estilísticas aos mestres Proust e Faulkner – e “A estupidez é tudo”.

Segundo o crítico literário Antônio Gusmão, professor da Faculdade de Letras de Bauru, a prosa de Harold Brodkey assemelha-se a uma catarse de sentimentos radicais incontidos.

O livro foi traduzido por Ruy Vasconcelos e publicado pela editora Imago.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Mais um apagão em São Paulo

Quarta-feira, 17 de outubro, ainda é de manhã, um horário em que não devia ter transito, mas na Avenida Jornalista Roberto Marinho, o transito não tem direção, os pedestres disputam a travessia com motoristas enfurecidos e carros enganchados em cruzamento da Avenida.

O que houve? Um apagão, os semáforos não funcionam, mas porque meu Deus? Um pedestre reclama. Num primeiro momento ninguém sabe a resposta, mas não demora muito, e se espalha que pela milésima vez, um irresponsável roubou os cabos da rede elétrica daquela região, provocando um apagão na sinalização.

Este ano por várias vezes os túneis ficaram numa imensidão sem fim, um buraco negro, e a prefeitura o que faz? Quase nada, vez ou outra aprece o Senhor Secretário Andréas Matarazzo, desviando a atenção de todos dizendo que a prefeitura vai colocar guardas civis 24 horas por dia, para vigiar os locais onde acontecem os roubos, mas nada acontece. Há duas semanas ele divulgou que a prefeitura contrataria seguranças privados, para fazer a segurança dos túneis, não foi o que aconteceu. E nesta semana pela segunda vez, ocorre um apagão em ruas importantes da cidade, por causa de roubo de cabos de cobre, da rede elétrica, que por sinal custam caro.

Porque a fiação elétrica da cidade não é subterrânea? Seria mais fácil detectar alguém roubando fios, para comercializar ilegalmente. Afinal, não é normal encontrar alguém com pás e enxadão furando a rua, né!
Maria Mello
16/10/2007

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

É cidadão...

Quando alguém lhe pergunta sobre democracia qual é a sua resposta? Pois é, geralmente, a primeira, ou a única resposta que se ouve é: “ Democracia é o direito de votar”, “ah, democracia é a liberdade de expressão” , alguns tentam até serem diretos, e dizem que: “ E o governo que vivemos”.

Pois bem, vocês estão certos no que dizem. Contudo temos de ir mais longe quando se trata deste assunto. Falar de democracia não é analisar conceitos elaborados por um grupo de indivíduos, mas, refletir sobre o comportamento humano.
Óbvio que para refletir é preciso conhecimento, e esse é o preço que pagamos pela democracia.

Acredito que a informação pode transformar indivíduos passivos em cidadãos que lutam pelo seu direito básico.

O conceito que temos de democracia é antigo, tal quando foi criado há mais de dois mil anos, todavia, os moldes de governo mudaram.

Antes o modelo que existia era a democracia direta – onde o povo soberano participa da vida pública e delibera diretamente sobre questões da sociedade -, hoje o que vigora é a democracia representativa – onde por meio do voto o cidadão elege um representante, para em nome do povo, resolver os problemas da sociedade. Logo, o cidadão não delibera mais as questões políticas.

O ponto que eu levanto nesse conceito moderno de democracia está no fato de que este procedimento não permite qualquer deliberação por parte da população, visto que a vontade majoritária expressa a vontade geral.

Cabe a você, leitor, fazer uma reflexão sobre o sistema representativo e a sua autentica possibilidade de representar a “vontade do povo”. Não só é “lento o processo democrático” - como ouvimos da boca de tantos parlamentares - mas o sistema propriamente dito é falho, assim como a manipulação da maquina eleitoral e os meios de comunicação de massa tem sua contribuição nesse quadro tão deprimente.

Não pense que toda a culpa por não saber de certas coisas em relação a democracia é somente de sua autoria, porque não é. O Estado tem uma cota de participação, como falei a pouco, existe quem controla a mídia. Para o governo não é “legal” que todos saibam ao certo o que realmente acontece.

Não há meio de transformar um Estado democrático, que sofre com a precariedade de um sistema político, senão retomar o conceito de democracia educando o cidadão para as questões políticas.

Peço para que não fique alienado e quando alguém lhe perguntar sobre a sua opinião em relação aos políticos, não digam que: “ Político só sabe roubar”, “Todo político rouba, e se eu fosse político também roubaria”. Fique atento porque a falta de participação ativa da população permite a corrupção.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Sao os orfãos, os abandonados, que vencem, sobem e governam


A educação dos filhos é um assunto gerador de questionamento, uma vez que existem posicionamentos diferentes de criação. Há vários modelos - as famílias conservadoras, que honram as “virtudes” ensinadas por elas, as que se dizem liberais, as quais manipulam seus próprios interesses, como também as que não são autoritárias, permitindo seus filhos concluírem a conduta adequada considerando o repertório de seus pais.

De acordo com especialistas, quem não se deixa tolher de ortodoxias ou formas tradicionais de pensar e agir são os mais responsáveis pelos filhos, diferente das famílias conservadoras, de linhagem patriarcal que fecham o horizonte das crianças – que só vêem a vida dentro da paisagem doméstica. Aos pais que se dizem liberais e extremamente ponderados atentem-se contra essa atitude enganosa – em estudo feito no ano de 2003, na Alemanha, estes foram os apontados como os que mais exercem domínios sobre as crianças.

Numa sociedade em que as exigências imperativas das novas condições de vida pairam e atingem a criança, desde os 4 ou 5 primeiros anos de vida, “viver por si” libertando-se progressivamente dos velhos laços caseiros e atingindo a liberdade individual, com responsabilidade e capacidade de obedecer e divergir – somado ao senso razoável das opiniões e regras – forma homens gradativamente mais maduros, concorrentes entre si, porem em valor social positivo.

Em efeito, sabe-se que a criação dentro dos lares segue valores e ideais que cada um julga por ser o melhor. Mas há concórdia que dentro de uma família, o principal é prezar a liberdade de opinião e de ação, mantendo-se aberto e tolerante por ambos os lados, pais e filhos.

“em nossa política e sociedade(...) são os órfãos, os abandonados, que vencem, sobem e governam” Joaquim Nabuco.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Clásse Média

Sou classe média.
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal

Sou classe média,
compro roupa e gasolina no cartão
Odeio “coletivos” e
vou de carro que comprei a prestação

Só pago impostos,
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um
Pacote CVC tri-anual

Mas eu “tô nem aí”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “tô nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda

Mas fico indignado com o Estado
Quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado
Que me estende a mão

O pára-brisa ensaboado
É camelô, biju com bala
E as peripécias do artista
Malabarista do farol

Mas se o assalto é em “Moema”
O assassinato é no “Jardins”
E a filha do executivo
É estuprada até o fim

Aí a mídia manifesta
A sua opinião regressa
De implantar pena de morte
Ou reduzir a idade penal

E eu que sou bem informado
Concordo e faço passeata
Enquanto aumento a audiência
E a tiragem do jornal

Porque eu não “tô nem aí”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “tô nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda

Toda tragédia só me importa
Quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar
Quem já cumpre pena de vida.

PS: Este é um texto, ou melhor, uma música de Max Gonzaga, que nos proporciona uma visão pouco reconhecida por muitos, e acaba passando despercebido. De uma forma genial descreve uma situação bastante semelhante à uma realidade muito próxima da nossa. Convido você amigo leitor a refletir sobre este problema social, afim de lutar pelo nosso direito de paz. Meu futuro é agora.

Max Gonzaga - http://www.maxgonzaga.com.br/

Bruno Castro

terça-feira, 2 de outubro de 2007

O que você acha da minha negritude? Alias, será que sou negro?

Por fora parece totalmente branco, mas branco talvez tenha varias versões. Ou o preto mudou de tom? Num país de mestiços, quem escolhe uma cor para sua pele pode gerar uma boa confusão, tem os negros que se acham brancos, os brancos que se acham negros, os índios que dizem ser filhos de japoneses, mas tudo depende das circunstancias em que são questionados.

Recentemente o governo decidiu que para as cotas que serão distribuídas aos negros nas Universidades Federais do país vai seguir o seguinte critério. O candidato faz o vestibular se alcançar a nota necessária então ele será submetido a uma entrevista e o entrevistador vai julgar se o tal fulano é branco ou negro, merecedor do curso escolhido, na faculdade Federal que almeja, pode uma coisa dessas, alguém vai dizer você é branco, mas você acreditava ser negro ou vice-versa, que horror.

Já é uma vergonha ter que dividir o ensino em cotas, e um estranho escolhendo a cor de cada um, no mínimo vai ser engraçado. Em minha opinião o governo devia fazer um DNA para saber a origem de cada candidato seria mais justo, uma vez que faz tanta questão de escolher quem vai estudar ou não. De que adiantam as propagandas engenhosas que o governo faz contra o preconceito, e isto é o que? Para mim este tipo de preconceito é muito pior, pois está encoberto pelo ato de bondade, que na verdade não existe.

Tal sistema ira sim ajudar o filho de algum figurão, privilegia interesses de cada um dos patrões do Brasil. e quem ira ganhar com isso será o negro mais branco nascido no país que se intitula de todos, que na verdade é de poucos.

Maria Mello

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Lá vem o dia da mentira...



Se prepare amigo leitor,
pois neste próximo sábado você terá que alongar
todo seu corpo ao acordar, pricipalmente
as suas pernas.
Não se esqueça daquela bicicleta velha que está toda
empoeirada na garagem e com a corrente enferrujada e fora do lugar.
Os pneus, se é que ainda podemos chamar de pneus "né"? Murchos e quase furados, carecas e com o freio à moda da sola do tênis.
Caso você não tenha uma bicicleta dessas,
não se preocupe, talvez tenha menos problema ao longo de seu dia.
Opte por caminhar com seus próprios pés, vá ao parque e deixe um pouco de lado
uma vida cedentária, cômoda, poluente, suicida, ofegante...credo!
...que vida! Desculpe, é que me escapou alguns dasabafos.
Até parece que minha vida é assim, calma gente, não é pra tanto vai...
moro em São Paulo, a cidade da garoa, da neblina, da fumaça,
da vida que vem e que passa, que nasce e que mata, que rouba mais não fala,
que vida, que delícia...disfarça!
Sábado, dia internacional "sem carro". Aproveite com moderação.
Se os sintomas persistirem, consulte um médico.
Afinal temos que se cuidar, deixe o carro de lado e cuide da mente, do corpo...
porque o meio ambiente...

Bruno Castro