sábado, 15 de setembro de 2007

Mais uma vergonha nacional


É muito estranho o jeito como as pessoas públicas, neste País, tem para conseguir as coisas, para se dar bem na vida. Será que é tão difícil assim entender o que diz a Constituição (artigo 1˚, parágrafo único), que “todo poder emana do povo”.

Para que a política exerça sua missão, é preciso que concilie ética, funcionalidade e representatividade. Quando um desses fatores falha, a política torna-se imponente.

Nos termos da legislação em vigor, o detentor de mandato eletivo – não importa se do Legislativo ou do Executivo-, uma vez eleito, sente-se desobrigado a prestar contas a quem o elegeu. Só volta a dar satisfações na hora de renovar o mandato.

A absolvição de Renan Calheiros na votação do processo por quebra de decoro parlamentar foi uma amostra grátis de inegável pertinácia em como afrontar a opinião dos cidadãos, ainda mais, um espetáculo que mesclam, sem a pretensão de hierarquisar os componentes, irresponsabilidades, arrogância, vulgaridade, amoralidade. Compacto, irremediável descaso com o País e a nação.

Me parece ainda que com a inominável votação de quarta-feira passada , protegeram-se com Renan Calheiros, os interesses do governo Lula. E que além dos interesses da CPMF o governismo busca transformar Renan em mártir da soberania popular contra o “golpismo da mídia ou símbolo de resistência à tirania dos meios de comunicação”.

Com um gostinho, é claro, de que vingança é um prato que se come frio.

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